sexta-feira, 22 de abril de 2016

Sempre foi um jogo

A coisa mais difícil que existe é parar de jogar, digo parar de jogar com as pessoas. No início você faz por simples distração, é prazeroso manipular as pessoas, os sentimentos, calcular passo a passo da “vingança perfeita”, mas você acaba quebrando a cara vez ou outra, aconteceu isso comigo, sabe?! Quando eu mandei você ir embora, e idiota que és seguistes meu conselho, eu fiquei sem chão, abalada, sem saber para onde ir ou o que fazer, mas eram minhas consequências, eu tinha que passar por aquilo, afinal, eu mais que ninguém, mereci.
Foram cinco anos vivendo uma vida que não era minha, um jogo que não fazia parte do que eu queria (sim, eu queria você), mas como um dom que possuo consegui perde-lo diante meus dedos, mas sabe o que não admito? Não admito você voltar, bagunçar tudo e sair como se nada tivesse feito. Não admito você me dizer “que nunca esquecerá o que vivemos” e, sempre que eu me relacionar com alguém você estragar, não admito você ficar apenas por uma noite, eu perdi o jogo, mas que isso, perdi você, então não volte.
Não me faça querer voltar a jogar esse jogo, querido. Eu decidi viver, aprender, errar, mas a única coisa que não quero é ter você por perto e lhe ver me quebrar por inteira, principalmente porque eu iria. Porque no fundo, assim como você, eu sei que iria contigo, largaria tudo que construí, largaria a vida que aqui tenho para ter a chance de te ter ao meu lado, ser meu, como era antes, apenas meu.
Mas eu não sou aquela menina de cinco anos atrás, eu sei que se eu for irei me arrepender e dessa vez eu tenho muita coisa a perder, por isso não me obrigue a ir. Dessa vez escolhi jogar um jogo que apenas um joga e como brinde eu não quebrarei o meu coração. 

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