sexta-feira, 22 de abril de 2016

Sempre foi um jogo

A coisa mais difícil que existe é parar de jogar, digo parar de jogar com as pessoas. No início você faz por simples distração, é prazeroso manipular as pessoas, os sentimentos, calcular passo a passo da “vingança perfeita”, mas você acaba quebrando a cara vez ou outra, aconteceu isso comigo, sabe?! Quando eu mandei você ir embora, e idiota que és seguistes meu conselho, eu fiquei sem chão, abalada, sem saber para onde ir ou o que fazer, mas eram minhas consequências, eu tinha que passar por aquilo, afinal, eu mais que ninguém, mereci.
Foram cinco anos vivendo uma vida que não era minha, um jogo que não fazia parte do que eu queria (sim, eu queria você), mas como um dom que possuo consegui perde-lo diante meus dedos, mas sabe o que não admito? Não admito você voltar, bagunçar tudo e sair como se nada tivesse feito. Não admito você me dizer “que nunca esquecerá o que vivemos” e, sempre que eu me relacionar com alguém você estragar, não admito você ficar apenas por uma noite, eu perdi o jogo, mas que isso, perdi você, então não volte.
Não me faça querer voltar a jogar esse jogo, querido. Eu decidi viver, aprender, errar, mas a única coisa que não quero é ter você por perto e lhe ver me quebrar por inteira, principalmente porque eu iria. Porque no fundo, assim como você, eu sei que iria contigo, largaria tudo que construí, largaria a vida que aqui tenho para ter a chance de te ter ao meu lado, ser meu, como era antes, apenas meu.
Mas eu não sou aquela menina de cinco anos atrás, eu sei que se eu for irei me arrepender e dessa vez eu tenho muita coisa a perder, por isso não me obrigue a ir. Dessa vez escolhi jogar um jogo que apenas um joga e como brinde eu não quebrarei o meu coração. 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Vamos falar de liberdade ...


Era mais um dia qualquer, 11:00 da manhã, não tive aula. Resolvi ficar em casa e fazer maratona de modern family, sim, um dia sem aula, de chuva, de séries e porcarias, várias delas. Pensamentos soltos e me vem na cabeça a tal liberdade, aquela que nunca encontrei de fato. 20 anos, morando só em uma cidade grande mas sem a tal liberdade. No auge da fase rebelde não possuía rebeldia em si. O que fazer com essa pobre e medíocre jovem adulta sem histórias para contar? Sem aventuras, amores, mágoas?! Exatamente, nada a dizer! O que resta então? Tomar as rédeas da própria vida e fazer aquilo que lhe agrada de verdade. Sem planos, sem amigos, amores, sozinha.


Sozinha pra encontrar a paz, felicidade e a tal liberdade (por que não?!), a verdade é que a liberdade sempre esteve presente, mas por ser algo comum tornou-se normal, e, segundo o que dizem, liberdade é algo diferente do que nomeiam como comum, não deveria ser, mas é. E no fim, esse texto não faz nenhum sentido, entre devaneios sobre a liberdade que procuro percebo que meu dia foi algo liberto segundo a sociedade, escolhi ficar em casa, assistir e ouvir a chuva no meu telhado, enquanto milhões foram obrigados à ir trabalhar em um dia chuvoso sem amigos, amores ou as próprias besteiras que compuseram meu dia.